quarta-feira, 6 de junho de 2012

VERBOS NA DESCRIÇÃO


ATIVIDADES PARA O SEXTO ANO

1.    Quem é "ELA" na música? Descreva-a com versos da canção.
2.    Qual o tempo verbal que predomina na canção? Que efeito o uso desse tempo provoca?
3.    Há, no tempo presente, verbos que não indicam ação. Analise o sentido desses verbos no texto.
4.    Descreva um garoto ou uma garota que lhe chame a atenção quando passa na rua.

Garota de Ipanema
                   Chico Buarque
Olha que coisa mais linda,
Mais cheia de graça,
É ela menina, que vem e que passa,
Num doce balanço, a caminho do mar.
Moça do corpo dourado,
Do sol de Ipanema,
O seu balançado é mais que um poema,
É a coisa mais linda que já vi passar.
Ah! Como estou tão sozinho.
Ah! Como tudo é tão triste.
Ah! A beleza que existe,
A beleza que não é só minha
E também passa sozinha.
Ah! Se ela soubesse que quando ela passa
O mundo inteirinho se enche de graça
E fica mais lindo por causa do amor.
Só por causa do amor...   
                                                         

Entrevista a partir da leitura de um livro


DINÂMICA - Leitura: perguntas e respostas

Esta dinâmica possiblitou reflexões sobre a Educação.
Recortamos nas linhas, criou-se um grupo de perguntas e outro de respostas.
De acordo com a pergunta, o entrevistado se descobria e respondia.
Foi estimulante e o Encontro Pedagógico fluiu bem, a partir de algumas discussões acerca da realidade educacional.


1- Qual é a grande ousadia nos dias de hoje, Luiz Marins?

A grande ousadia nos dias de hoje é ter seriedade. Na verdade, estamos sentindo falta de pessoas realmente sérias, honestas, que cumpram a palavra e os prazos, não mintam, sejam leais e competentes no que faz.
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2- César Romão, sou estudante e estou cansado de fazer trabalhos escolares sozinho e colocar o nome de colegas que em nada contribuíram. O que acha disso?
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Está cansado de contribuir com os colegas, lembre-se de que aprendeu sozinho e isso pode lhe ser muito útil no futuro e talvez faça muita falta aos seus colegas. Para você, nada mudará excluindo o nome deles da lista.                                                                            
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3- César Souza, qual é o segredo daqueles que se autodesenvolvem de forma mais rápida?
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 O segredo daqueles que se autodesenvolvem de forma mais rápida é que aprenderam a desaprender. Ouse desaprender conhecimentos, habilidades e atitudes que não mais lhe serão úteis. Desaprenda crenças ultrapassadas, desaprenda a viver com medo, desaprenda a se impressionar com os discursos, desaprenda a se posicionar como especialista.
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4- Leila Navarro,  como desenvolver a capacidade de pensar plenamente?
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Para desenvolver a capacidade de pensar plenamente, é preciso usar, de forma integrada, sete tipos de pensamento: o dedutivo (das premissas gerais para uma conclusão), o indutivo (de uma situação específica para conclusões gerais), o analítico (analisa as partes),  o sintético (forma um todo, reunindo partes), o sistêmico (relações entre as partes), o crítico(questiona os fatos) e o criativo (modifica algo que já existe).                      
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5- Reinaldo Polito, como treinar a apresentação de um trabalho escolar?
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 Para treinar a apresentação oral  de um trabalho escolar, a melhor maneira é conversar bastante com os colegas de grupo, com as pessoas da família, ou com os amigos sobre a matéria que deseja expor. Se você não tiver ninguém com quem possa conversar, procure um local onde consiga ficar à vontade e fale em voz alta sobre o assunto, como se estivesse conversando com um grupo de pessoas.             _______________________________________________________________________
6- Carlos Alberto Júlio, o que é fundamental para ter uma carreira profissional de sucesso?
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Hoje, o que é fundamental para ter uma carreira profissional de sucesso é o aprendizado contínuo. Antigamente, numa época em que havia grande oferta de trabalho, os empregos eram mantidos pela obediência. Hoje, tem emprego garantido aquele que renova suas competências específicas, se adapta à metamorfose permanente do setor produtivo e providencia novas bases de conhecimento para o desenvolvimento da carreira. Não basta você ser bom naquilo que faz – é importante mostrar que esses talentos e habilidades serão úteis nos meses seguintes, nos anos seguintes e em novas e diferentes conjunturas.               
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7- Não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas. Dulce Magalhães, você concorda com essa afirmação?
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 Não são as respostas que movem o mundo, nem as perguntas. Eu digo que é a curiosidade que move o mundo, pois ela é a arte de formular perguntas, especialmente as esquisitas, as óbvias, as simples e as mais interessantes de todas: as perguntas que nos remetem ao “por que não?”. Uma coisa pode ser de um jeito, mas por que não pode ser de outra forma também? Por que não fazer diferente? Enfim, a curiosidade nos conduz pelos caminhos da aprendizagem. Ela ativa a nossa capacidade de explorar, investigar a realidade e adquirir novas  perspectivas acerca do que já se conhece ou, ainda, encontrar coisas inteiramente novas.                                                                                                                 
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8- Waldez Luiz Ludwing, dê-nos uma dica para que possamos alcançar qualidade na educação.
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 Para que possamos alcançar qualidade na educação a dica é: professor, para os pais finja que você é rigoroso. Para os alunos, finja que você é rigoroso. Para os alunos, finja que permite total liberdade. Mas faça o que tem que ser feito, mestre. Saia na frente. Prepare os nossos meninos não para este mundo, mas para um mundo novo: o deles.
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9- Içami Tiba, você compara o ato de comer ao ato de aprender. Aprender é como comer?
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Sim, aprender é como comer. Mastiga-se uma frase longa, triturando-a em pedaços de um tamanho bom para que as ideias possam ser compreendidas. Dentro do corpo, a frase é remontada e começa a fazer parte do corpo virtual do conhecimento. O decoreba é a indigestão do aprender, é um produto perecível e descartável. 
10- Marco Aurélio Ferreira Vianna, vivemos o período de maior mudança na sociedade. Como seria o professor para o futuro?
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O professor para o futuro... Costumo dizer que, no plano prático, o Ministério da Educação deveria carimbar em todos os diplomas: produto perecível. Como nunca, o pensamento de Paulo Freire está vivo, com sua Pedagogia da Autonomia. Deverá ficar claro que para todos, a educação continuada fará parte intrínseca de toda a vida. O tema amanhã, diferentemente de hoje, será tema comum.
ROMÃO, C. et al. Superdicas para ensinar a aprender. 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009.

Texto: O social da rede

Superinteressante o texto:     
                                                                                               O social da rede
                                                                                                                               por RENATO TERRA
Nome: Rodrigo Rodrigues. Moro em: Facebook. Em relacionamento sério com: Twitter. Religião: Orkut. Gênero: on-line. Sobre mim: “Sorria sempre, seus lábios não precisam traduzir o que acontece em seu coração” (Clarice Lispector).
Como vocês já devem ter visto em meus perfis pessoais, sou ator, jornalista, cineasta, blogueiro e diretor de arte de uma agência de propaganda. Minha vida, aliás, é um Facebook aberto. Uso aplicativos para informar meus seguidores onde estou, quantas colheres de açúcar coloco no café e quanto tempo falta para cortar as unhas do pé novamente. Todo mês, transmito o banho do meu pug ao vivo. Ontem mesmo, abri uma discussão para decidir se colocava roupa branca ou escura na máquina de lavar. Cento e setenta e nove pessoas comentaram.
Toda vez que saio de casa, publico fotos. Sem exceção. Não raro, saio de casa apenas para publicar fotos. No bolso, celular com câmera 5.1 megapixels, e o dedo mais lépido que o Papa-Léguas para acionar o plano de dados. Não deixo passar um pôr do sol. Plac! O celular é o melhor amigo do homem social. É o cachorro que cabe no bolso.
Tenho mais amigos que Luciano Huck e mais seguidores que Buda. Numa das vezes que fui às ruas em 2012, aliás, notei que um homem me encarava. Escaneei, em vão, minha memória em busca de uma imagem que pudesse associar àquele rosto. Arquivo não encontrado. Resolvi desviar o olhar, mas não consegui bloqueá-lo. Ele se alçou em minha direção e, qual um Angry Bird, materializou-se na minha frente. Ofegante, estendeu a mão e perguntou: “Você não é o Rodrigo Rodrigues do Facebook?” Aturdido, fiz sinal de positivo com o dedo indicador. Ele sacou o celular para uma foto.
Hoje tenho tantos seguidores e solicitações de amizade que minha vida social prescinde de interface humana. Quando estou on-line, tenho controle total da linha do tempo da minha vida. Nem que, para isso, seja preciso ler as políticas de privacidade de cabo a rabo. Nas redes sociais não envelheço, não titubeio, não tenho cólica ou remela. E tenho o Photoshop sempre à mão. Meu perfil fica cada vez mais bonito com o passar dos anos.
No começo, mamãe estranhava minha opção pelo virtual e implorou para eu procurar um psicólogo. Encontrei um que atendia via Skype e aceitava pagamentos via PayPal. Marcamos sessões semanais. As primeiras conversas foram produtivas, mas em pouco tempo encontrei um aplicativo grátis que desempenhava a mesma função.
Cheguei a fazer incursões esporádicas numa realidade sem configurações antispam. Aos 15 anos, conheci uma simpática avatar num site de relacionamentos e cometi o erro de marcar um encontro ao vivo. Por que eu não me contentei com o mural de fotos? Para piorar, ela se comunicava em mais de 140 caracteres e não tinha um filtro para bloquear o mau hálito. Tentei reinicializar. Em vão. Resultado: desde que surgiu a função “cutucar”, passei a flertar apenas on-line.
Hoje vivo sempre a curtir. Ver aquele dedo polegar levantado em sinal de positivo funciona como um bálsamo para a autoestima. Anos de análise não quebrariam tantas barreiras do subconsciente, complexos de inferioridade e desejos reprimidos de aceitação social.
O oposto também tem funções terapêuticas. Em dias carentes, qual um Roberto Shinyashiki randômico, atualizo meu status com trovoadas motivacionais. Atuo como um polinizador de utopias. Frases como “Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade” são de arrepiar a alma. Quem não repensa toda uma vida depois de ler uma síntese como essa? Cada vez que um amigo clica em “curtir”, me sinto abraçado.
Treinei como um pequeno Yoda para potencializar meus dotes sociais e criei dogmas que faço questão de seguir. Eles são tão importantes que copiei e colei no meu perfil.
Regra #1: É fundamental fragmentar a atenção. Faço exercícios diários nesse sentido. Quando me pego lendo mais de dois parágrafos de um texto ou vendo filmes com mais de um minuto, desvio o olhar para outra coisa. Sou capaz de postar uma mensagem enquanto dirijo, mesmo que esteja conversando, ouvindo música e mexendo no GPS.
Regra #2: Olhe para as redes sociais como um Lévi-Strauss 2.0. É fundamental compreender as características antropológicas de cada uma. Use o Orkut para compartilhar piadas de salão. No Twitter, tente sempre parecer inteligente e, no Facebook, aja sempre como a pessoa que você gostaria de ser.
Regra #3: Encarne o Cesar Maia e interaja efusivamente com seus seguidores. Comente, curta, compartilhe. Separe vinte minutos pela manhã e escreva recados carinhosos para seus amigos aniversariantes.
Regra #4: Todo mundo tem um lado ruim. Para dar vazão a esse lado, crie um perfil falso.
Um social da rede que pretende causar buzz não pode olhar apenas para seu umbigo. É preciso antever as novidades, ter suas fontes e construir uma rede de contatos. Nunca se sabe quando um apresentador de telejornal fará uma nova trapalhada ou quando uma experiência fofinha envolvendo crianças será filmada novamente. A sociedade on-line dá crédito àquele que divulga rapidamente um comercial engraçado, uma notícia sobre os benefícios da cerveja ou a expertise de um bebê com seu tablet.
Modéstia à parte, creio que sou reconhecido – quiçá internacionalmente – pela ampla capacidade de mobilização em prol de temas humanitários. Se a gente não se fizer o bem, quem o fará? Recentemente, cativei todos os meus contatos, durante um mês, a assinar uma petição on-line contra uma enfermeira que espancou um ornitorrinco até a morte numa pet shop em Madagascar. Os jovens de 1960 quiseram salvar o mundo real. Minha geração, menos ingênua, não foge da luta: está disposta a pegar em armas virtuais para salvar os bichinhos com um clique no mouse. É uma utopia, mas os sonhos não envelhecem.
O bom é que posso me indignar sem ficar zangado. Basta compartilhar um vídeo do Arnaldo Jabor, uma imagem de um cachorro maltratado ou um texto incisivo sobre o assunto do momento. Já questionei os patrocinadores do Big Brother por bancarem um programa que estimula o estupro, enviei e-mails para o governo do Congo cobrando atitudes para melhorar aquele IDH chinfrim e publiquei fotos denunciando a clonagem de bonecas infláveis no sudoeste do Suriname. Nem Gandhi fez tanto!
Aliás, gostei desse texto. Pena que o autor é desconhecido. Vou postar no meu perfil dando crédito ao Verissimo para ver se alguém lê.